A cada ano que passa, as inovações tecnológicas tornam-se mais presentes no dia a dia das organizações, principalmente no campo de gerenciamento de dados.
Esse fato, somado ao já constatado crescimento acelerado das empresas de base tecnológica, converge em um cenário que chama a atenção: a procura cada vez maior por pessoas da área de tecnologia.
Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estimou que, até 2024, cerca de 420 mil postos de trabalho serão criados no setor, o que significa mais de 100 mil oportunidades por ano.
Diante deste contexto de intensa transformação digital, que gera uma demanda urgente por profissionais capacitados, o artigo de hoje tem como objetivo abordar as particularidades do Recrutamento e Seleção para vagas Tech.
Nas próximas linhas, você poderá entender:
As principais etapas do recrutamento de profissionais de tecnologia;
O papel do Hunting ativo na busca do candidato ideal;
A importância dos Programas de Formação para o suprimento das demandas de mercado;
O impacto do Recrutamento e Seleção no Employee Experience.
As etapas do Tech Recruiting
Em decorrência dos aspectos apresentados anteriormente, o recrutamento e a seleção de pessoas da área de tecnologia possuem algumas particularidades que devem ser levadas em consideração.
Para além da alta demanda por parte das empresas, também é preciso estar atento às seguintes questões:
Trata-se de um recrutamento bastante técnico e desafiador;
A demanda muito superior à oferta de profissionais qualificados tende a gerar inflacionamento salarial;
Como consequência, os profissionais de tecnologia recebem propostas frequentes e assédio constante para novas oportunidades, o que aumenta o poder de escolha deles.
Devido ao senso de urgência da área e aos pontos levantados acima, é certo dizer que, quando o assunto é contratar os melhores talentos para a área de tecnologia, é preciso contar com um processo ágil e extremamente eficiente.
O primeiro passo nesta jornada, então, é fazer o levantamento dos requisitos necessários para o preenchimento da vaga e elaborar um briefing completo da posição.
Fazer a divulgação da oportunidade em canais especializados é outro ponto fundamental para atingir o público-alvo da vaga. Alguns exemplos nesta frente são as plataformas Github, Slack e Discord, ou então sites de emprego como o APinfo e o Profissionais TI, que consolidam as oportunidades abertas na área de TI.
Mas não para por aí. Quando falamos em Tech Recruiting, contar com a estratégia de hunting é algo mandatório, que fará toda a diferença para que a sua empresa encontre a pessoa ideal.
Para quem não está familiarizado com o termo, hunting nada mais é do que a busca ativa.
Ou seja: ao invés de apenas avaliar os candidatos que chegaram por meio da divulgação da vaga, o recrutador – neste caso, chamado de Headhunter – trabalhará de forma ativa para encontrar o colaborador que se encaixe melhor nas exigências da vaga em aberto e que tenha sinergia com a cultura da empresa.
O foco, aqui, não são necessariamente os profissionais que estão à procura de um novo emprego, afinal, muitas vezes o talento ideal para a sua empresa pode estar trabalhando em outra companhia.
Entre as outras etapas que fazem parte do recrutamento e seleção para a área de tecnologia, destacam-se: aplicação de testes técnicos e comportamentais, entrevistas técnicas que utilizem metodologias estruturadas e práticas de feedback.
A importância dos programas de Education Recruiting nesta área
Para além das boas práticas apresentadas até agora, há também uma estratégia que tem ganhado cada vez mais força como uma solução real e inovadora para preencher o gap de profissionais tech no mercado.
Trata-se do Education Recruiting, metodologia que une as estratégias de Seleção e Treinamento a fim de proporcionar a oportunidade de formação de profissionais no curto prazo, bem como aumentar a capacidade de contratação de mão de obra qualificada.
O Education Recruiting pode funcionar de duas formas: com a formação técnica antes ou depois da contratação. Em ambos os cenários é feito um processo triagem, busca ativa e validação de perfis para que as pessoas pré-aprovadas para a trilha estejam o mais alinhadas possível com a expectativa das empresas.
A formação técnica pode acontecer antes do processo seletivo, no qual um facilitador aplicará o conteúdo e fará o acompanhamento da performance dos alunos e alunas ao longo da formação. No final das aulas, a empresa recebe um material rico com todos os inputs e pareceres sobre o desempenho de cada pessoa que finalizou o curso. Este material ajudará no processo decisório das contratações.
Já no segundo caso, as empresas antecipam o processo decisório e já selecionam e contratam os profissionais. Aqui, as primeiras semanas da pessoa colaboradora serão focadas na capacitação e qualificação para que ela atinja às expectativas das áreas técnicas para os níveis de senioridade em que foram contratadas.
Seja qual for o modelo escolhido, o Education Recruiting apresenta uma verdadeira alternativa para o cenário de escassez de talentos, contribuindo significativamente para o aumento de profissionais qualificados e, consequentemente, para o arrefecimento do processo de inflacionamento salarial.
O Employee Experience também passa pelas etapas de Recrutamento e Seleção
Agora que você já conheceu as melhores práticas em recrutamento e seleção para a área de tecnologia, é hora de focarmos a atenção no impacto que essas etapas têm no Employee Experience – ou seja, na jornada do colaborador junto à empresa.
Considerando que esse será um dos primeiros contatos que o profissional terá com o seu negócio, é importante refletir sobre quais estratégias podem ser adotadas para que essa experiência seja positiva e contribua com a construção de uma boa relação.
Aqui, a transparência, etapas bem definidas, otimizadas e desenhadas e o alinhamento de prazos e expectativas, bem como a prática de feedback farão toda a diferença na experiência que o candidato terá.
Outras tendências como a adoção de plataformas digitais para envio de currículos e busca por vagas, chatbots para gerenciar as trocas de mensagens e ferramentas que proporcionam engajamento, como a gamificação, também figuram entre as estratégias para encantar os candidatos e colocá-los ao centro da jornada ao longo dos processos de recrutamento e seleção.
É muito importante, também, desenvolver uma estratégia de Employer Branding específica para o público tech, a fim de construir a imagem da organização como um bom lugar para se trabalhar.
Vale pontuar, também, que o cuidado e a empatia por parte do RH podem fazer toda a diferença. Algumas dicas neste sentido incluem: criar um canal de comunicação direta, personalizar a comunicação, impressionar com uma usabilidade amigável, apresentar constantemente o status do processo e coletar feedbacks durante toda a jornada.
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